quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Sugestão de Aula


Monocotiledônea e Dicotiledônea | Sugestão de Aula





A – características das dicotiledôneas; B - características das monocotiledôneas.
SUGESTÃO DE AULA PRÁTICA RELACIONANDO AS DIFERENÇAS ENTRE MONOCOTILEDÔNEA E DICOTILEDÔNEA


As monocotiledôneas e dicotiledôneas são duas classes de vegetais que pertencem às plantas angiospermas (plantas com sementes contidas no interior dos frutos) e também fanerógamas (plantas com flores), atualmente classificadas como magnoliófitas, reunindo aproximadamente 230 mil espécies.

Monocotiledôneas
Grupo de vegetais cuja principal característica é a manifestação de apenas um cotilédone compondo a semente.

Dicotiledôneas
Grupo de vegetais contendo dois cotilédones envolvidos pela semente.

Cotilédone → Substância de reserva energética transferida ao desenvolvimento do embrião durante a germinação.

Outras diferenças distinguíveis entre os grupos:

CARACTERÍSTICA
Monocotiledônea
Dicotiledônea
Inserção foliar
InvaginantePeciolada
Nervuras foliares
Paralelas (paralelinérvea)Reticuladas (peninérvea)
Caule
Vasos condutores de seiva irregularmente espalhados pelo caule (difusos)Vasos condutores de seiva dispostos ordenadamente na periferia do caule ao redor do cilindro central
Raízes
Fasciculada ou cabeleira
(não possui raiz com eixo principal)
Axial ou pivotante
(possui raiz com eixo principal)
Flores
Trímeras
(formadas por 3 pétalas ou seus múltiplos)
Tetrâmeras ou pentâmeras
(formadas por 4 ou 5 pétalas, ou seus múltiplos)
Frutos
Subdivididos em 3 carpelos (lojas / repartições)Subdivididos em 2 ou 5 carpelos
Exemplos
Milho, bambu, cana-de-açúcar, alho, arroz, palmeiras, grama, cebola, etc.Feijão, amendoim, café, girassol, laranja, mamão, abacate, seringueira, etc.

SUGESTÃO PRÁTICA

Procedimento: o professor deverá reunir exemplares botânicos conforme as características mencionadas acima, expondo o conteúdo teórico juntamente ao material biológico referente. Esse tipo de dinâmica, permitindo aproximação do aluno com o objeto mencionado, contribui com a fixação do aprendizado.

Dependendo da disponibilidade do professor, programação da escola e autorização dos pais (caso o aluno seja menor de idade) é possível organizar um momento extra-sala, possibilitando aos alunos passeio educativo.

Nessa ocasião, o professor em visita anterior a um bosque (próximo a escola), deverá observar a vegetação in loco, montando uma trajetória (trilha) conveniente ao assunto explicado, ou seja, durante a escolha do percurso, alguns vegetais identificados deverão servir de exemplo para análise dos aspectos que diferenciam as monocotilédones das dicotiledôneas.
Por Krukemberghe Fonseca
Graduado em Biologia
Equipe Brasil Escola

Abacateiro

ABACATEIRO
 
Voltar

  


Abacate e folhagem do abacateiro





O abacateiro, cujo fruto é o abacate, também designado como abacado, loiro-abacate e louro-abacate é uma espécie da família Lauraceae, de nome científico Persea americana Mill.. É uma árvore de grande porte, de crescimento rápido, ultrapassando os 30 metros de altura, nativa da América Central e México. Possui folhas coriáceas, lanceoladas e lustrosas e flores pequenas (5 a 10 mm de diâmetro) de um verde esbranquiçado. Os frutos são bagas ovóides ou piriformes (em forma de pera), de casca verde-escuro e polpa cremosa, adocicada, rica em gordura, de cor verde-clara ou amarelada, com uma única semente grande esférica, de 3 a 5 cm de diâmetro. Os frutos das plantas selvagens são pequenos, mas as variedades cultivares apresentam frutos de dimensão considerável (7 a 20 cm de comprimento e pesam de 100 a 1000 g). Esta planta prefere solos férteis e úmidos, e clima ameno a quente, de modo que prefere climas tropicais ou subtropicais.

Uma árvore adulta pode produzir mais de uma centena de abacates em uma estação, e há sempre o incômodo dos frutos não colhidos que caem no chão, causando grande sujeira e fedor. Assim, não é uma árvore recomendada para locais de grande circulação ou arborização de ruas. Os frutos, apesar de nutritivos para os humanos, podem ser tóxicos para alguns animais.

Barlow & Martin (2002) identificam o abacate como um fruto adaptado para uma relação ecológica com mamíferos de grande porte, hoje em dia extintos (por exemplo, os herbívoros gigantes sul americanos, como as preguiças-da-terra e gonfoterídeos). O seu fruto, com um caroço apenas levemente tóxico, terá co-evoluído com esses animais já extintos, de modo a ser disperso depois de ingerido por estes e expulso, juntamente com as fezes, pronto a germinar. Com o desaparecimento dos seus parceiros ecológicos, a planta não terá tido tempo para se adaptar a uma forma de dispersão de sementes alternativa.


Flores do AbacateiroO abacate não amadurece na árvore, mas cai da árvore e tem de ser apanhado em estado verde e duro, amadurecendo depois rapidamente no chão. A quantidade de óleo presente na polpa influencia em grande parte o seu sabor. Geralmente, o fruto é colhido da árvore (para que não fique danificado ao cair no chão) assim que atinge um tamanho que indique que está pronto a amadurecer em poucos dias. O amadurecimento será ainda mais rápido se for armazenado com outros frutos, como bananas, por causa da influência do gás etileno.

 
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Laurales
Família: Lauraceae
Género: Persea
Espécie: Persea americana

Nomenclatura binomial
Persea americana
Mill.


sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

As Pteridófitas


As Pteridófitas ancestrais possuem 3 Filos que foram reconhecidos, Rhyniophita, Zosterophyllophyta e Trimerophyta. São grupos de plantas vasculares, sem sementes que prosperaram sobre o período Devoniano.
São plantas de brejo, consiste me um sistema aéreo dicotomicamente ramificado, preso a um sistema de rizomas (caule subterrâneo), ramos curtos nos quais encontram os esporângios.

Pteridophyta - ORDEM FILICALES #


Filicales é a maior ordem de Pteridophyta e praticamente todas as samambaias mais conhecidas são membros dessa ordem. Podem ser terrestes, epífitas ou rupícolas e apresentarem hábito herbáceo, trepador ou arborescente. O caule dessas plantas é um rizoma sifonostélico que origina megafilas geralmente compostas com grande proporção superfície/volume, permitindo uma eficiente captação da luz solar. Os esporângios de Filicales ocorrem nas margens ou na região inferior das folhas, e estão agrupados em soros que podem ter forma e coloração variada. Os soros, quando jovens, podem ou não ser recobertos por um indúsio, que seca quando os esporângios atingem a maturidade
Megafilas
Estas samambaias são leptosporangiadas e homosporadas. O gametófito é bissexuado e fotossintetizante de vida livre, apresenta uma forma achatada e geralmente cordiforme, conhecido como protalo, que possui vários rizóides na face ventral. Os anterídios estão localizados principalmente entre os rizóides, enquanto os arquegônios são formados próximos a reentrâncias do protalo. Apesar de os gametófitos serem bissexuados, a maturação de arquegônios e anterídios, frequentemente ocorre em momentos distintos, promovendo a fecundação cruzada. Essa maturação diferencial pode ter um estímulo genético ou químico.
Protalo
Os rizomas e as folhas jovens, báculos, possuem tricomas e escamas de grande importância taxonômica. Bem como os tricomas, a forma e a posição dos soros, a ocorrência ou não de indúsio, e a forma e posição do ânulo, são características importantes para a distinção de famílias ou categorias taxonômicas inferiores. Algumas famílias apresentam folhas dimórficas e são diferenciadas pela localização de trofófilos e esporófilos. A família Gleicheniaceae é característica por apresentar a ráquis com ramificação dicotômica.

 Báculo/; Folhas jovens das filicales, uma forma de proteção até que o desenvolvimento das folhas seja completo.

Pteridófitas.

               
                             Plantas Vasculares sem Sementes 
                                                       
           
     São as plantas conhecidas genericamente como pteridófitas, samambaias e avencas.
          

                                                   



São plantas que conseguiram atingir um tamanho maior do que as primeiras plantas terrestres (briófitas) devido ao surgimentos dos elementos condutores de seiva através da planta. Entretanto, seu sistema reprodutivo ainda é simples, e parcialmente dependente da água, pois não possuem nem sementes, nem flores e nem frutos.

O corpo das plantas vasculares sem sementes já apresentam organização em tecidos, mostrando raízes, caules e folhas verdadeiros.


 
Corpo de um Pteridófita.

 
  Atualmente, costuma-se dividir essas plantas costumam em 4 filos: Psilophyta, Lycophyta, Sphenophyta e Pterophyta (o filo das samambaias).

Existem três divisões de plantas vasculares sem sementes, Rhyniophyta, Zosterophyllophyta e Trimerophyta dominaram a Terra no Período Devoniano e tormaram-se extintas no final deste período (cerca de 360 milhões de anos atrás). Estas plantas eram relativamente simples em sua estrutura.

 
                                                                                                                             
                                        Rhyniophyta                                                                  Zosterophyllophyta                                                                                                                  
   
                               
                                            Trimerophyta 


A quarta divisão de plantas vasculares sem sementes, Progimnospermophyta ou pró-gimnospermas, também extinta.
   
                                                      fóssil Progimnospermophyta


Além destas quatro divisões mencionadas e já extintas, existem quatro divisões que possuem representantes atuais: Psilotophyta, Lycophyta, Sphenophyta e Pterophyta.
 Psilotophyta :  Inclui dois gêneros: Psilotum e Tmesipteris,É o único entre as vasculares atuais que não apresentam raízes nem folhas.

                
                                           
                                                                                   Psilotum
                                                        
Lycophyta :Existem várias espécies de Lycophyta extintas, muitas delas arbóreas, que predominaram a aproximadamente 360 milhões de anos, no Período Carbonífero (era Paleozóica).

                                           

                                                                     Lycophyta


Sphenophyta : Assim como as Lycophyta, esta divisão ocorre desde o período Devoniano (Era Paleozóica). Durante o período Devoniano e Carbonífero, estavam representadas pelas Calamites (árvores de 18 m de altura). 

         
                                                      
                                                                          Equisetum 


        Pterophyta.:   Plantas abundantes desde o Período Carbonífero (Era Paleozóica) até os dias de hoje. É o segundo maior grupo de plantas, com 11000 espécies, perdendo apenas para as plantas com flores.                  


                        
                                                  
                                                                       Divisão Pterophyta

                  
                                        Reprodução das pteridófitas


Da mesma maneira que as briófitas, as pteridófitas se reproduzem num ciclo que apresenta uma fase sexuada e outra assexuada. 



                                 
Reprodução de uma  pteridófita.

Divisão Bryophyta

Popularmente conhecidos como musgos. São plantas avasculares e de pequeno porte.

Imagem de uma briófita do gênero Bartramia. Atenção para o esporófito (cápsula) crescendo sobre o gametófito.

- Grupo bastante diverso, constituído por cerca de 9500 espécies.
- Todos os representantes apresentam tamanho reduzido.
- São plantas sensíveis à poluição, assim como os liquens.
- São encontrados desde regiões frias, como a Antártida, até regiões de intenso calor, como em desertos.
- Musgos típicos de deserto podem viver por anos, sem apresentar crescimento, quando secos. Retomam o crescimento imediatamente, se forem molhados.
- Existem musgos aquáticos, que morrem rapidamente, se retirados deste ambiente.
- Algumas espécies se desenvolvem no litoral, em rochas perto do mar, tolerando respingos de água salgada. Entretanto, nenhuma espécie é verdadeiramente marinha.
- Os gametófitos são representados por duas fases distintas:
1- o protonema, resultado da germinação do esporo;
2- o gametófito folhoso, originado a partir de um botão do protonema.
- Os protonemas são típicos de musgos e algumas hepáticas, mas nunca em antóceros.
- Existem três classes:
Bryidae, Sphagnidae, Andreaeidae.

Divisão Anthocerotophyta

Pequena divisão de plantas, com aproximadamente 100 espécies.
- Gênero mais comum é Anthoceros
Um antócero do gênero Anthoceros.

- Os gametófitos, superficialmente, lembram o das hepáticas talosas, mas apresentam diferenças como:
1- Antóceros apresentam em suas células um único grande cloroplasto, diferente das outras plantas.
2- Apresentam estômatos.
3- Apresentam cavidade interna com mucilagem (não com ar, como nas hepáticas). Estas cavidades podem ser habitadas por cianobactérias fixadoras de nitrogênio.
- Gametófitos possuem forte achatamento dorsiventral e forma de roseta.
- Podem ser monóicos ou dióicos.
- Anterídios e arquegônios na superfície dorsal do gametófito. Anterídio incrustado em câmaras.
- Muitos esporófitos podem se desenvolver sobre um mesmo gametófito.
- Esporófito é uma estrutura ereta e alongada. Consiste em um pé e uma cápsula cilíndrica longa.
Imagem de um Antocero, Divisão Anthocerotophyta, mostrando seu esporófito cilíndrico.

- A deiscência começa no ápice da cápsula e vai até a base.
- Juntamente com os esporos, existem estruturas parecidas com os elatérios das hepáticas (pseudo-elatérios).


FONTE:http://www.biologados.com.br/botanica/taxonomia_vegetal/divisao_anthocerotophyta_briofitas_antoceros.htm

Hepáticas Folhosas

Principais caracteristicas:
Plagiochila aspleniodes
 - Típicas de regiões tropicais (alta umidade).
- Plantas bem ramificadas, formando pequenos emaranhados.
- Gametófito apresentam geralmente de 1 a 5 cm e cresce prostrado e achatado.
- Com freqüência possuem duas fileiras de filídios largos, uma de cada lado do caulídio, e uma terceira fileira de filídios pequenos (anfigástros), na superfície inferior.

- Filídios uniestratificados, com células não diferenciadas e sem costa.
- Filídios freqüentemente bilobados.
- Rizóides unicelulares espalhados na superfície ventral do caulídio.
- Plantas podem ser unissexuais ou bissexuais.
- Anterídios originam-se aos lados dos caulídios, circundados por filídios (androécio).
- Arquegônios comumente produzidos nos ápices de caulídios ou sobre curtos ramos laterais. Circundados por uma bainha de filídios (perianto).
- Esporófito apresenta longa seta hialina, que eleva a cápsula produtora de esporos acima do perianto.
- Cápsula produz esporos e elatérios.
- Cápsula se abre em quatro valvas para a dispersão dos esporos.

Briófitas: Filo Hepatophyta

O grupo de plantas chamadas de briófitas incluem os três filos:
  • Hepatophyta - As hepáticas
  • Anthocerophyta - Os antóceros
  • Bryophyta - Os populares musgos
As hepáticas formam um grupo com cerca de 6 mil espécies de plantas pequenas que conseguem formar agrupamentos relativamente grandes em locais favoráveis, solo, rochas ou tronco de árvores sombreados e úmidos.
Marchantia sp

Lunularia cruciata
A maior parte dos gametófitos das hepáticas desenvolve-se diretamente dos esporos, mas alguns gêneros formam primeiro filamentos de células semelhantes a protonemas, dos quais o gametófito maduro se desenvolve. Os gametófitos continuam a crescer a partir de um meristema apical (região com tecido embrionário capaz de desenvolver novas células).

As hepáticas talosas

O gênero mais familiar das hepáticas talosas é Marchantia. Apresentam o corpo achatado dorsiventralmente. O talo é diferenciado em uma porção dorsal fina (adaxial) rica em clorofila e uma porção mais ventral (abaxial) espessa, incolor, especializada em armazenamento.A porção abaxial forma escamas e rizóides.A porção adaxial é dividida em regiões, que correspondem a câmaras aeríferas, cada uma com um poro para trocas gasosas (diferentes de estômatos).

Os gametângios (estruturas onde são formadas os gametas) de Marchantia
 são originados em estruturas especializadas denominadas gametóforos. Os gametófitos desse gênero são unisexuados e os gametófitos feminino e masculino são facilmente identificados por seus gametóforos distintos.

Os anterídios originam-se em gametofóros com a parte superior (cabeça) discóide, chamada deanterídióforo, enquanto os arquegônios  originam-se em gametóforos com forma semelhante a um guarda-chuva, arquegonióforo.
Em Marchantia o esporófito consiste em um pé, uma seta curta e uma capsula.

Podem reproduzir-se sexuadamente por fragmentação ou por meio de gemas. As gemas são produzidas em estruturas especiais em forma de taça, chamada conceptáculos, localizadas na superfície dorsal (superior) do gametófito. As gemas são dispersas principalmente pelas gotas de chuva.

Gametófito e esporófio de Marchantia polymorpha



Ciclo de vida de Marchantia 

Mais fotos do gênero Marchantia: http://flickrhivemind.net/Tags/marchantiapolymorpha/Interesting
Briófitas (do gergo bryon: 'musgo'; e phyton: 'planta') são plantas pequenas, geralmente com alguns poucos centímetros de altura, que vivem preferencialmente em locais úmidos e sombreados. São organismos de transição entre o meio aquático e o meio terrestre, pois sua fecundação depende muito da água.

Seu pequeno tamanho é estabelecido pela falta de vasos condutores atuais (xilema e floema), onde, o transporte de água e sais minerais é feito de célula a célula. Algumas briófita possuem tecidos condutores, mas a parede das células condutoras de água não é lignificada.

São organismos eucariontes, pluricelulares, onde apenas os elementos reprodutivos são unicelulares, enquadrando-se no Reino Plantae, como todos os demais grupos de plantas terrestres.
Esses organismos possuem duas fases de vida, uma transitória o esporófito ou fase esporofítica, e uma indepedente o gametófito ou fase gametofítica, onde esporófito (2n) é totalmente dependente do gametófito (n). Diferente das briófitas, o esporófito das plantas vasculares é maior do que o gametófito e é de vida livre. O esporófito das briófitas não é ramificado e apresenta apenas um esporângio, enquanto os esporófitos das plantas vasculares atuais são ramificados e com muitos esporângios.
Reprodução
As briófitas possuem gametas, existem órgãos especializados na produção desses gametas chamados gametângios e que ficam localizados no ápice dos gametófitos. O gametângio masculino é o anterídio, e seus gametas os anterozóides. O gametângio feminino é o arquegônio que produz um único gameta, a oosfera. Para que haja o encontro dos gametas é preciso que os anterozóides saiam dos anterídeos, através de gotas de água do ambiente, deslocando-se atravez da água os anterozóides encontram o arquegônio onde apenas um fecundará a oosfera, formando o zigoto que depois de várias divisões origina o embrião, este dentro do arquegônio irá crescer e formar o esporófito.
 
http://bioveg-vidaplantae.blogspot.com.br/


segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Herbário


O QUE É UM HERBÁRIO?


É o local onde são armazenadas e conservadas coleções científicas, compostas por amostras de plantas, provenientes de diferentes locais e ambientes

  • Fornecer subsídios aos estudos desenvolvidos em áreas correlatas à taxonomia, anatomia, etnobotânica, fitossociologia e ecologia, entre outras;
  • Documentar a flora e a vegetação de determinada região;
  • Resgatar informações sobre a composição florística, no contexto da vegetação primária de áreas que, atualmente, estão em processo de degradação ou degradadas;
  • Auxiliar as investigações quanto aos níveis de diversidade e endemismo da flora de uma determinada região, subsidiando, assim, a escolha de áreas prioritárias para a conservação



  • Identificação permanente de plantas;
  • Processamento da coleção botânica;
  • Manutenção da coleção;
  • Enriquecimento ou crescimento da coleção, por meio de programas de coletas e intercâmbio com outros herbários;
  • Atualização da identificação das exsicatas

Exsicatas são exemplares de plantas desidratadas (secas), coladas em um pedaço de cartolina branca, de tamanho padronizado. Acompanha a exsicata uma ficha de identificação, o número de entrada no Herbário, o carimbo com a sigla desse herbário e um pequeno envelope que servirá para guardar partes da planta que possam se desprender com o passar do tempo.




O processo de herborização envolve a prensagem das amostras coletadas, secagem, montagem das exsicatas, identificação das espécies e, finalmente, o acondicionamento no Herbário

COLETA DE AMOSTRAS DE PLANTAS

Colher a parte terminal do ramo, com cerca de 20 cm, contendo folhas, flores e/ou frutos. Poaceae (Gramineae) e Cyperaceae devem ser coletadas inteiras, ou seja, parte aérea e subterrânea (raízes). Devem ser coletadas no mínimo 6 amostras de uma mesma planta, sendo uma para montar a exsicata e as outras para duplicatas, quer para intercâmbio com outros herbários ou ainda substituir a amostra da exsicata caso ela venha a se deteriorar.

No momento da coleta devem ser feitas anotações sobre a planta, como: porte (arbusto, trepadeira, árvore, etc.); dimensões; presença de pelos; espinhos; látex; cor da flor; formato e cor dos frutos; nome popular e usos da planta na região; nativa ou cultivada, etc. Sobre o ambiente, também são necessárias algumas informações: tipo de ecossistema (mata, caatinga, restinga, brejo de altitude, entre outros), estado atual da vegetação, altitude do local, tipo de solo, e outras que se fizerem necessárias. Essas informações são importantes para a identificação da espécie e constarão no rótulo que fará parte da exsicata.  

PRENSAGEM

O ideal será herborizar a planta imediatamente, logo após a coleta, ou seja, prensá-la e secá-la para melhor preservar suas características. Quando não for possível, levar a planta ainda fresca para identificação, mantendo-a em sacos plásticos fechados para que suas folhas não sequem e nem enruguem, herborizando-as posteriormente.

Na prensagem, cada amostra de planta é colocada entre folhas de jornais, alternadas com folhas de papelão. O conjunto das amostras é colocado entre duas prensas de madeira e amarrado fortemente com cordões resistentes.

SECAGEM

Recomenda-se a utilização de estufas para que as amostras sequem mais rapidamente e de maneira uniforme. Com isso, evita-se a contaminação por fungos, eliminando-se também possíveis pragas que acompanhem as plantas.
Com relação às estufas, podem ser à base de resistência, lâmpadas ou a gás. Na falta desses recursos, uma secagem natural pode ser improvisada: o material prensado deve ficar em local ensolarado, ventilado ou próximo de uma fonte de calor. Os jornais úmidos devem ser trocados diariamente e a prensa não deve ficar sob o sereno para evitar qualquer contaminação.

IDENTIFICAÇÃO

A identificação ou determinação de uma amostra botânica é a atividade básica do herbário e um dos principais objetivos da Taxonomia. Para tanto, são utilizadas bibliografias especializadas como a Flora Brasiliensis, chaves taxonômicas, lupas para observar detalhes da morfologia floral, pilosidade, nervuras, entre outros aspectos. Devem ser feitas ainda comparações das amostras estudadas com as exsicatas do acervo do herbário.

MONTAGEM DA EXSICATA

Consiste em colar a amostra da planta seca na cartolina padronizada, juntamente com uma ficha que contenha as informações sobre a planta (nome científico, família a que pertence, coletor(es), data de coleta, local de coleta (país, município, sítio, estrada, povoado, etc.), nome do determinador (a pessoa que identificou a amostra), e outras observações que o coletor fez por ocasião da coleta (informações de campo).

ACONDICIONAMENTO DAS EXSICATAS

As exsicatas devem ser acondicionadas em armários bem vedados, no herbário, com ambiente fechado e climatizado, evitando a entrada de insetos e desenvolvimento de fungos.
 


                                          Herbário

É uma coleção composta por exemplares de plantas secas com flores, frutos e sementes montados em cartolina ou preservados em líquidos fixadores e amostras de madeiras. As plantas armazenadas no herbário podem ser herbáceas, arbustos ou árvores. As herbáceas são plantas rasteiras de aproximadamente 40 cm de altura e, ao serem coletadas, devem ser preservadas com suas raízes. Os arbustos e as árvores, no entanto, devem ser coletados ramos de aproximadamente 30 cm contendo flores e/ou frutos. Esses materias são secos e preservados na forma de exsicatas.
Através do herbário podemos obter informações a respeito da morfologia, sistemática, distribuição geográfica, habitat, taxonomia, utilidade das plantas e afins, que são base para a realização de trabalhos na área de botânica e também etnobotânica. Muitas das espécies preservadas em um herbário são provenientes de locais onde a vegetação foi perturbada ou mesmo totalmente devastada, tornando os dados das etiquetas que acompanham esses exemplares ainda mais valiosos. As plantas devem conter informações tais como nome científico, família botânica, quem identificou, nome(s) vulgar(es), porte e dimensões, tonalidade das folhas e flores, se espécie nativa ou cultivada, habitat, as características das folhas, local e data da coleta, nome do coletor, grau de freqüência na região coletada, aplicação de uso quando houver.

Depósito de Exsicatas


Exsicata é nome que se dá à planta herborizada e acondicionada em uma pasta ou folha de papel. Exsicata deriva do latim exsicco que quer dizer secar (Simões et al., 1999).
A herborização é o processo de preparação do material vegetal coletado para preservá-lo em uma coleção de plantas denominadas herbário. A Herborização é obrigatória, mesmo que o objetivo da coleta seja a obtenção de um extrato ou de substâncias ativas, para que sirva como testemunho de que aquela espécie foi utilizada para determinado procedimento (Simões et al., 1999).
A Herborização inicia-se com a coleta, tomando-se o cuidado de coletar plantas que contenham estruturas reprodutivas, como flores, frutos e sementes, o que facilita a identificação.
Os ramos ou plantas inteiras são colocados entre várias folhas de papel absorvente, tendo-se o cuidado de estendê-las, evitando amarrotamentos. Em cada folha de papel ocupada é conveniente deixar algumas vazias, evitando estragos recíprocos entre as espécies.

Essas folhas de jornais serão separadas por cartões de papelão, os quais facilitam a passagem de ar quente entre os conjuntos. Todos os conjuntos assim montados devem ser colocados entre duas lâminas de madeira e amarrados fortemente com cordas. Essas prensas de madeiras têm a função de manter o material coletado apertado entre os papéis e papelões, de modo que, ao secar, os ramos, folhas e flores permaneçam perfeitamente distendidos.
As plantas herborizadas devem ser colocadas em uma fonte de calor para a eliminação da umidade. Para isso, em laboratório, utiliza-se uma estufa de ar comprimido. Poderá utilizar também, uma lâmpada, sol ou qualquer outro tipo de objeto emanante de calor. Cada espécie vegetal tem um tempo de secagem diferente, que vai depender da quantidade de água existente na planta. Com o material vegetal devidamente seco inicia-se o preparo da exsicata. O material vegetal deve ser fixado em cartolina e armazenado no herbário



Herbário virtual 
http://www.ibot.sp.gov.br/colecoes/herbario/herbario_virtual.php



HerborizaçãoEste processo consiste na secagem de exemplares coletados, através de técnicas simples, procurando-se preservar a forma e a estrutura dos mesmos. Quando isto não for possível, por questão de dificuldades no tamanho ou na raridade do material, é válido usar recursos fotográficos.


Material acessório para herborizar

- folhas de papelão canelado (30 x 40) cm, sendo as canaletas dispostas perpendicularmente ao maior lado da folha;
- folhas de jornal dobradas, do mesmo tamanho das folhas do papelão canelado;
- duas pranchas de “Duratex” de (30 x 40) cm;
- folhas de cartolina ou papel cartão de (30 x 40) cm
- cordoné ou fio de sisal;
- agulha de costura e linha
- etiquetas e pequenos envelopes

Técnica para herborizar

1. Interpor o material coletado em folhas de jornal dobradas, distendendo-o, de modo que os órgãos ou estruturas não se sobreponham. Essas serão suas primeiras pastas.
2. Intercalar cada uma das pastas do item anterior com folhas de jornal dobradas e para cada conjunto de duas outras pastas, intercalar folhas de papelão canelado.
3. Nas faces externas dessa pilha de pastas, colocar as pranchas de “Duratex” e amarrar o conjunto fortemente para prensar o material.
4. Manter o material prensado em estufa ou lugar quente e seco, para que se processe a secagem, podendo, até mesmo, expô-lo ao sol.
5. Trocar periodicamente as folhas de jornal caso o material prensado não permaneça em estufa. Não existe tempo determinado para a secagem.
6. Retirar da prensagem o material já seco e fixá-lo nas folhas de cartolina com linha, colocando no canto direito inferior a etiqueta de classificação e no canto esquerdo superior o pequeno envelope, o qual servirá para guardar partes do material que, eventualmente, se destaquem durante o processo de secagem ou montagem.
7. Evitar a danificação do material por insetos, usando naftalina.



Modelo de ficha de coleta
Classificação do vegetal:
nome científico ______________________
nome popular _______________________
Classificação da estrutura:
nome ______________________________
tipo _______________________________
Observações antes de herborização:
__________________________________
__________________________________
Observações após a herborização:
__________________________________
__________________________________
Coletado por:______________________
Data da coleta:____________________
Local da coleta:___________________
Características do local:_____________
__________________________________
__________________________________

Fonte : http://www.feiradeciencias.com.br/sala26/26_PBE05.asp