sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Zoologia I

Vermes
As pessoas costumam reagir com alguma repugnância ao ouvirem a palavra "vermes". A impressão que se têm é de algo viscoso, rastejante e perigoso à saúde. A palavra verminose, aplicada as doenças causadas por alguns desses animais, contribui para essa noção. Realmente, alguns vermes são causadores de doenças, principalmente em populações que vivem em condições de saúde precárias. No entanto, há numerosos vermes que são totalmente inofensivos e de aparência não-repugnante.
Três são os filos de animais que mais frequentemente são reconhecidos como vermes: Platyhelminthes,Nematoda e Annelida.

Filo Platyhelminthes: Vermes achatados

Os platelmintos são vermes de corpo achatado dorso-ventralmente (platy= chato; helminto= verme),com simetria bilateral (aparece pela primeira vez na escala evolutiva). Existem aproximadamente 20 mil espécies descritas de platelmintos. Podem ser parasitas ou de vida livre, estes podendo ocorrer nos mares, água doce ou em ambientes terrestres úmidos. Como parasitas de seres humanos podemos citar a tênia e o Schistosoma mansoni, causador da esquistossomose. Outros animais também podem ser parasitados como o boi, o porco, os cachorros, gatos, etc. O corpo pode ou não possuir uma segmentação. A maioria das espécies são monóicas.

Embriologia
São acelomados (não possuem celoma) e triblásticos (possuem os três folhetos germinativos: ectoderme, mesoderme e endoderme). Possuem simetria bilateral.
A ectoderme dá origem ao revestimento externo, a mesoderme dá origem à musculatura e ao parênquima, que é um tecido que preenche todo o espaço entre o intestino e a parede do corpo. A endoderme dá origem ao intestino e seu revestimento.



Tegumento
Os platelmintos possuem um epitélio simples, sendo a epiderme formada por uma camada simples de células. As espécies parasitas apresentam uma cutícula de proteção e, em alguns casos, ventosas para fixação. Alguns apresentam cílios na região ventral, para fins de locomoção. Podem possuir células mucosas, que produzem lubrificação para facilitar a locomoção.

Digestão
Os sistema digestório dos platelmintos é incompleto, ou seja, a boca é a única abertura para o exterior, não possuindo ânus. A digestão pode ser intra ou extracelular. O intestino é bastante ramificado, o que facilita a distribuição do alimento digerido. O que não é utilizado na digestão é eliminado pela boca.  As planárias possuem a boca na região ventral e uma faringe protátil (exteriorizada), o que facilita a captação de alimento, sugando.
As tênias não possuem sistema digestório, se alimentam por difusão, absorvendo os nutrientes pré-digeridos do hospedeiro.

Respiração
Não possuem sistema respiratório, e as trocas gasosas são feitas pela epiderme, por difusão. Este tipo de respiração recebe o nome de tegumentar ou cutânea e ocorre nas espécies de vida livre, pois as parasitas fazem respiração anaeróbia.
Circulação
Os platelmintos não possuem sistema circulatório. O alimento digerido é enviado para as células por difusão, graças a um intestino bem ramificado, pois ele é gastrovascular.

Excreção
São os primeiros animais a apresentar sistema excretor: o protonefrídio, que é formado por vários túbulos excretores com células-flama. As células-flama são fundamentais neste sistema excretor. Apresentam vários flagelos que promovem a movimentação dos fluidos, fazendo com que eles sejam muito bem filtrados.
Os resíduos caem em um sistema de ductos ou túbulos, que se abrem para o exterior através de estruturas chamadas nefridióporos, que são poros excretores. Estes poros situam-se na superfície dorsal do corpo, lateralmente.


Esqueleto
Não possuem esqueleto.

Sistema Nervoso
Apresentam um processo chamado cefalização, ou seja, uma cabeça com estruturas nervosas e sensoriais. O sistema nervoso dos platelmintos é chamado ganglionar, formado por dois gânglios nervosos, que estão ligados a dois cordões nervosos ventrais e longitudinais, que são ligados por comissuras transversais e que percorrem toda a região ventral, até a parte posterior do verme.
As planárias de água doce possuem dois ocelos na região da cabeça, estruturas foto-receptoras. Estas estruturas não são capazes de formar imagens, apenas perceber luz.
Nas aurícolas, regiões laterais da cabeça, estão presentes células quimiorreceptoras, capazes de perceber várias substâncias químicas que se encontram dissolvidas na água.


Musculatura
A musculatura é do tipo lisa, que favorece a movimentação e locomoção do animal, podendo ter a colaboração de cílios, caso estejam presentes. Essa musculatura lisa forma o túbulo músculo-dermático, que é uma unidade funcional com a pele.


Classificação dos Platelmintos
A cerca de 20.000 espécies de platelmintos podem ser agrupados em três grandes classes:
  • Classe Cestoda - endoparasitas, geralmente com hospedeiros intermediários. Exemplo: tênias
  • Classe Trematoda - parasitas, a maioria dos ciclos de vida inclui a presença de um hospedeiro intermediário. Exemplo: Schistosoma mansoni;
  • Classe Turbellaria - animais de vida livre, sendo a maioria de ambiente aquático, apenas alguns terrestres, são predadores e necrófagos. Exemplo: planárias. 

Classe Turbellaria

São animais de vida livre, possuem cílios para locomoção e um aspecto foliáceo. Um exemplo de representante desta classe é a planária.
São hermafroditas e fazem fecundação cruzada, a autofecundação é rara. Os dois indivíduos que estão acasalando ficam unidos pelos poros genitais. Cada um introduz o pênis na abertura genital do outro, trocam espermatozóides e se separam. Vários óvulos são fecundados e lançados para o exterior pelo poro genital. Os zigotos possuem uma cápsula protetora e vão eclodir planárias jovens, evidenciando um desenvolvimento direto.
As planárias possuem um grande poder deregeneração, e se reproduzemassexuadamente por fissão transversal. Se cortarmos uma planária em vários pedaços, cada um irá ser regenerar e dar origem a um novo indivíduo.


Reprodução assexual por fissão transversal.   



Se cortarmos uma planária em vários pedaços, cada um irá ser regenerar e dar origem a um novo indivíduo.



Classe Trematoda

São endo ou ectoparasitas. Possuem ventosas para fixação, uma na região oral, outra ventral. Possuem cutícula protetora na epiderme e não possuem cílios. São hermafroditas, mas o S. mansoni é dióico. A fêmea vive numa cavidade do macho chamada canal ginecóforo. Fazem fecundação cruzada e interna. Como representante hermafrodita temos aFasciola hepatica, que parasita o fígado de carneiros e eventualmente o ser humano.

Macho e fêmea (na cavidade ventral do macho) de Schistossoma mansoni. Note a ventosa na parte anterior.

Classe Cestoda

São endoparasitas de corpo alongado, representados pelas tênias. Não possuem cílios, o corpo é metamerizado e não possuem tubo digestivo, alimentando-se por difusão dos nutrientes pré-digeridos pelo hospedeiro.

As tênias podem atingir até 8 metros de comprimento. O corpo delas é dividido em três partes: Cabeça ou escólex, que possui ventosas para a fixação no hospedeiro. ATaenia solium apresenta ganchos e ventosas; pescoço ou colo, região mais afilada e estróbilo, responsável pelo crescimento do organismo.
Aí estão as proglótides, estruturas que possuem sistemas reprodutores feminino e masculino, ou seja, são hermafroditas. Após a fecundação as proglótides cheias de ovos se desprendem e são eliminadas com as fezes.





Os Moluscos


Ao passear na areias de uma praia, muitas pessoas gostam de admirar e pegar conchinhas trazidas pelas ondas. Essas conchinhas são de diversos tamanhos, formas e cores. Muitas vezes, se tornam bijuterias, pequenos enfeites, ou até mesmo elementos de uma coleção.
Os moluscos têm uma composição frágil, são animais de corpo mole, mas a maioria deles possui uma concha que protege o corpo. Nesse grupo, encontramos o caracol, o marisco e a ostra. Há também os que apresentam a concha interna e reduzida, como a lula, e os que não têm concha, como o polvo e a lesma, entre outros exemplos.

A concha da ostra protege de predadores, da dissecação etc.

concha é importante para proteger esses animais e evitar a perda de água. Ela é produzida por glândulas localizadas sob a pele, uma região chamada de manto.
Ela não é uma parte viva do corpo do molusco; conforme o animal aumenta de tamanho, novo material é acrescentado à concha, que pode variar de forma e tamanho e ser formada por uma ou mais peças.

Onde vivem os moluscos
Você pode encontrar moluscos no mar, na água doce e na terra. Por exemplo: o caramujo e a lesma ficam em canteiros de  horta, jardim, enfim, onde houver vegetação e a terra estiver bem úmida, após uma boa chuva; ficam também sobre plantas aquáticas em lagos, beira de rios etc. O grande caramujo marinho vive se arrastando nas rochas ou areias no fundo do mar. Já as ostras e o marisco fixam-se nas rochas no litoral, enquanto a lula e polvo nadam livremente nas águas marinhas.
No tempo em que ainda não havia vida no ambiente terrestre, os moluscos - com a sua concha protetora - já habitavam os mares. O caramujo do mar é uma das espécies que têm 500 milhões de anos de história. Portanto ele já existia há alguns milhões de anos antes dos peixes surgirem no mar. Fósseis revelam que esses seres, atualmente pequenos, foram, no passado, bem maiores, pois há concha fóssil de 2,5 metros.

O corpo dos moluscos
Como já vimos, os moluscos têm corpo mole. A sua pele produz uma secreção viscosa, também conhecida por muco, que facilita principalmente a sua locomoção sobre troncos de árvores e pedras ásperas, sem machucar o corpo.
O corpo desse tipo de animal é composto por: cabeçapés e massa visceral. A massa visceral fica dentro da concha e compreende os sistemas digestório e reprodutor.



Classificação dos moluscos
A forma e o tipo da concha são alguns dos critérios usados na classificação dos moluscos. Atualmente, esses animais estão divididos em três classes: os gastrópodes, os bivalves e os cefalópodes.

Gastrópodes
 
A concha única, em espiral, é característica típica do grupo dos gastrópodes. Por essa razão, são chamados univalves (uni significa "única", e valve, "peça").
Entre os gastrópodes, estão o caracol e o caramujo; a lesma, apesar de não apresentar conchas ou apresentá-la muito reduzida, também está incluída nesse grupo.
Os gastrópodes são animais aquáticos ou terrestres de ambiente úmido. Os aquáticos respiram por meios de brânquias, enquanto os terrestres apresentam pulmões.
A cabeça da lesma, do caracol e do caramujo possui dois pares de tentáculos, semelhantes na aparência a antenas. Os olhos ficam nas extremidades do par de tentáculos mais longos.


Caracol e seus tentáculos

Na boca, existe a rádula, um tipo de "língua raspadora" que facilita a alimentação desses animais.

Microscopia eletônica da rádula raspadora.

 Bivalves
 
Os bivalves apresentam concha com duas peças fechadas por fortes músculos (bi significa "duas", e valve, "peça"). São seres aquáticos e, em geral, vivem no ambiente marinho.
Eles são animais filtradores, isto é, retiram o alimento da água. Não possuem cabeça, nem rádula (são os únicos moluscos desprovidos dessa espécie de língua). Sua massa visceral fica totalmente protegida pela concha. O pé se expande para fora quando as conchas se abrem.
A respiração desses animais é branquial; as conchas permitem que uma corrente de água circule entre as brânquias, que absorvem e filtram o oxigênio dissolvido na água. Em relação à reprodução em geral os sexos são separados, e a união dos gametas, ou seja, a fecundação, é externa.


Na água, a fêmea solta os óvulos, e o macho solta os espermatozóides. As células se encontram, ocorre a fecundação e se forma os ovos.

Cefalópodes
Polvo
 
Cefalópode é uma palavra de origem grega; vem deKephale, que significa "cabeça", e de pode, "pé". Designa um grupo de moluscos do qual fazem parte o polvo e a lula.
A concha pode não existir (como no polvo), ser interna e reduzida (como na lula) ou ser externa (como no náutilo).
Os cefalópodes apresentam cabeça grande, olhos bem desenvolvidos e rádula dentro da boca. Possuem oito, dez ou mais tentáculos, que são "braços" alongados.

Lulas gigantes
 
Nautilos


Esses animais têm a circulação fechada - isto é, o sangue só circula no interior dos vasos, diferente dos outros moluscos.
A respiração é branquial. Eles têm um sistema nervoso bastante desenvolvido se comparado ao de outros invertebrados. Além da visão, o olfato é bem apurado.
Esses moluscos, em geral, têm sexos separados e a fecundação é interna. Há pesquisas que indicam que algumas espécies de polvo cuidam dos filhotes, protegendo-os dos predadores.
Como recurso de defesa, alguns moluscos contam com a camuflagem. Ao mudarem de cor são confundidos com o ambiente. A lula e o polvo, por exemplo, expelem uma substância escura na água. Isto confunde os predadores desses moluscos, permitindo a sua fuga.
Os moluscos (filo mollusca) são animais de corpo mole (mollis= mole), não segmentado, viscoso, com simetria bilateral, podendo existir representantes assimétricos, alguns possuem uma concha, podendo ela ser interna ou externa. O corpo é dividido em cabeça, pé e massa visceral. A maioria dos representantes é marinha. Possuem grande importância econômica, pois podem ser utilizadas na alimentação, fabricação de adorno, como pérolas e objetos de colecionadores. Existem mais de 110 mil espécies descritas.
Embriologia
Os moluscos são animais triblásticos, celomados, protostômios, esquizocélicos e hiponeuros.
Estrutura Corporal
O corpo dos moluscos é divido em cabeça, pé e massa visceral. Na cabeça encontramos órgãos sensoriais como tentáculos e olhos. Os pés servem para locomoção e têm caráter sistemático. Nos cefalópodes os pés foram transformados em tentáculos. Na massa visceral encontramos as vísceras. Na epiderme existe uma dobra chamada manto, que secreta a concha. O manto envolve o corpo do animal. Possuem células produtoras de muco na epiderme. Entre a parede do corpo e o manto encontramos a cavidade do manto. A concha secretada é um exoesqueleto calcário.
Digestão
Possuem um sistema digestório completo, ou seja, possuem boca e ânus. Na boca existe uma estrutura chamada rádula, que é formada por vários dentes de quitina, que raspam o substrato para obtenção de alimentos. Os bivalves não possuem rádula. A digestão é inicialmente extracelular, no estômago, nas glândulas digestórias é extracelular. Os bivalves possuem um estilete cristalino, estrutura localizada entre o estômago e o intestino, numa bolsa chamada ceco gástrico e serve para facilitar a digestão liberando enzimas.
Circulação
circulação nos moluscos é do tipo aberta ou lacunar, pois o sangue que são do coração cai em cavidades ou lacunas que vão banhar as células. O coração ocupa a posição dorsal e fica em uma cavidade chamada pericárdica. Possui um ou dois átrios, e 1 ventrículo. O sangue das células volta ao coração pelas lacunas. Nos cefalópodes a circulação é do tipo fechada. Os moluscos possuem pigmentos respiratórios chamados hemocianina e, principalmente os cefalópodes possuem hemoglobina.
Respiração
A respiração nos moluscos é do tipo branquial ou pulmonar, ou cutânea, dependendo do habitat. As brânquias ficam na cavidade do manto e possuem cílios que participam na movimentação da água promovendo as trocas gasosas.
A excreção é feita por metanefrídios. Cada metanefrídio possui um ducto com duas aberturas: uma para a cavidade pericárdica, chamada nefróstoma, de onde retira as excretas, e um poro excretor, chamado nefridióporo, por onde saem as excretas.
É do tipo ganglionar. Os gânglios são unidos entre si por cordões nervosos.
Os cefalópodes possuem uma intensa cefalização.
Os gânglios cerebróides ficam na cabeça e inervam principais estruturas cerebrais, os gânglios pediosos inervam os pés e são responsáveis pela locomoção e os gânglios viscerais inervam as vísceras.
Reprodução
Podem ser hermafroditas ou dióicos, a fecundação pode ser interna ou externa e o desenvolvimento pode ser direto ou indireto.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Cientistas acham novo inseto nas Filipinas e batizam de formiga-pirata

Cientistas acham novo inseto nas Filipinas e batizam de formiga-pirata
Pigmentação ao redor dos olhos lembra tapa-olho, acessório dos piratas.
Estudo diz que diferentes cores pelo corpo servem para diferenciar gênero.
Cientistas das Filipinas descobriram uma nova espécie de formiga que recebeu o nome de formiga-pirata devido a uma pigmentação diferente distribuída pelo corpo.

De acordo com o estudo, publicado na revista “ZooKeys”, exemplares fêmeas da espécie Cardiocondyla pirate são reconhecidas por possuírem listras escuras ao redor dos olhos que lembram um tapa-olho, acessório sempre relacionado aos piratas.
Os pesquisadores da Universidade de Regensburg, da Alemanha, descobriram a nova espécie durante uma viagem para coleta de insetos do gênero Cardiocondyla, conhecido por sua diversidade morfológica e comportamental.
Mas o que ainda é um mistério para os cientistas é como funciona o padrão de pigmentação dessas formigas, que serve, de acordo com o estudo, para diferenciar o gênero sexual e confundir predadores.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Água-viva rara no litoral norte de SP

Aparição de água-viva rara no litoral norte de SP preocupa ambientalistas

Espécie é considerada invasiva, já que vive no oceano pacífico ocidental.
Segundo especialista, último aparecimento na costa brasileira foi em 2006

A presença de uma espécie exótica de água-viva em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, preocupa pesquisadores da cidade. A medusa, nativa do oceano pacífico, tem sido encontrada em diversos lugares do mundo e pode causar problemas no ecossistema da região, já que é considerada invasiva na costa brasileira.
A aparição da espécie Phyllorhiza Punctata, conhecida como água-viva australiana manchada, foi constatada no início do mês na praia do Itaguá. “Pescadores e pessoas nos acionaram falando do aumento de águas-vivas. No local, constatamos e identificamos essa espécie. Posteriormente também confirmamos com outros pesquisadores”, disse o oceanógrafo Hugo Gallo, ao G1.
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Água viva chama a atenção de turistas. (Foto: Divulgação/Aquário de Ubatuba)Água viva chama a atenção de turistas no litoral
norte. (Foto: Aline Nogimo/Aquário de Ubatuba)
O pesquisador afirmou que a espécie possivelmente tenha aparecido no litoral norte de São Paulo trazida pela água de lastro dos navios. “É importante abrirmos uma discussão nesse sentido com os órgãos ambientais, visto que o porto de São Sebastião pode passar por ampliação e o movimento desses navios deve aumentar consideravelmente”.

Ainda de acordo com o oceanógrafo, a aparição da medusa no litoral norte preocupa os ambientalistas. “Toda espécie exótica causa preocupação. A introdução da espécie inspira cuidados e pode causar problemas ao ecossistema. Ela se alimenta de zooplâncton, ovos e larvas de espécies de peixes nativos, e é considerada invasiva na costa brasileira. O problema é a proliferação massiva”, explicou ao G1.
Além dos problemas ambientais, as águas-vivas podem causar queimaduras em banhistas. Nesses casos, é importante que o banhista não esfregue o local para não espalhar o veneno na pele, enxague com água salgada ou soro fisiológico e procure rapidamente o atendimento médico.

O pesquisador disse ainda que o último registro da espécie na costa brasileira aconteceu em 2006. Em 2000, a ocorrência desta água-viva causou problemas no ecossistema do Golfo do México. Três espécies foram levadas ao Aquário de Ubatuba e estão em exposição ao público. “O objetivo é a gente acompanhar a espécie e analisar também o desenvolvimento em cativeiro”.

terça-feira, 30 de abril de 2013

Bactéria para produzir biodiesel mais eficiente

Cientistas modificam bactéria para produzir biodiesel mais eficiente
Combustível poderia ser usado sem mistura nos motores tradicionais.
Desafio dos cientistas é produzir em escala industrial.
Biodiesel de 'Escherichia coli' foi produzido em laboratório; aumentar a produção é um desafio (Foto: Marian Littlejohn/Divulgação)
Cientistas alteraram amostras de Escherichia coli, tipo de bactéria da qual há cepas que comumente se encontram no intestino, para produzir um tipo de biodiesel mais eficaz do que os que existem hoje no mercado. O trabalho foi feito por cientistas britânicos e publicada nesta segunda-feira (22) pela “PNAS”, a revista da Academia Nacional de Ciências dos EUA
A Escherichia coli tem a propriedade natural de transformar açúcares em um óleo que compõe sua membrana. No corpo humano, essa característica faz com que ela se integre ao muco do intestino grosso e seja uma bactéria importante da flora intestinal – salvo alguns casos em que variações dela provocam diarreia.
A equipe de cientistas liderada por John Love, da Universidade de Exeter, criou uma maneira de fazer com que as propriedades da bactéria servissem na produção do diesel. Para isso, pegaram genes de outras bactérias e reuniram na Escherichia coli, alterando algumas de suas características.
Em seguida, combinaram as substâncias que serviram como ingredientes para que as bactérias produzissem o diesel. Elas consomem o alimento preparado pelos cientistas e o resultado do processo é um óleo diesel considerado ideal pelos cientistas.
O novo biodiesel é melhor do que as alternativas já disponíveis no mercado porque tem uma estrutura química muito parecida com a do que é feito de petróleo. Assim, não precisaria ser misturado ao diesel tradicional – como ocorre com alguns tipos de biodiesel – e funcionaria com os motores já existentes, sem nenhum tipo de adaptação.
Os autores ressaltaram que, no momento, o principal desafio para a aplicação da tecnologia é a capacidade de produzir em escala comercial. Nos próximos estudos, eles devem aperfeiçoar a técnica, de forma a aumentar a produtividade de uma maneira que seja financeiramente viável
G1     23/04/2013 07h00 - Atualizado em 23/04/2013 07h00

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Cidade Gospel

WEB RÁDIO CIDADE VIVA & O CIDADE GOSPEL 


Todas Terças ás 14:00 hs


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Vídeo Dany Cangiani !!!!








GASTROENTERITE



GASTROENTERITE 



  •  INTRODUÇÃO.
  •  CAUSAS.
  •  SINTOMAS.
  •  TRATAMENTO.
  •  PREVENÇÃO.
  •  REFERÊNCIAS.




INTRODUÇÃO

        Gastroenterite significa inflamação do estômago e do intestino.    Gastroenterite mais frequente é a causada por toxinas bacterianas que contaminam os alimentos (Intoxicação alimentar).
    As toxinas produzidas pelas bactérias actuam no estômago e parte próximal do intestino. O mau acondicionamento, incluindo a má refrigeração dos alimentos, são consideradas as causas mais frequentes de epidemias em grandes eventos como é o caso de casamentos, batizados, creches, etc.
        A gastroenterite está associada a um grupo de distúrbios cujas causas são as infecções e cujos sintomas são vários dos quais são exemplo: perda de apetite, náuseas, vômitos, diarreia leve a intensa, cólicas e o desconforto abdominal. Juntamente com a água, ocorre a perda de eletrólitos (sobretudo de sódio e potássio) do organismo.
     Para o adulto saudável, o desequilíbrio eletrolítico é apenas inconveniente. No entanto, ele pode causar uma desidratação potencialmente letal em indivíduos muito doentes, muito jovens ou idosos.






CAUSAS
     As epidemias de diarréia em lactentes, crianças e adultos geralmente são causadas por microrganismos presentes na água ou em alimentos contaminados por fezes infectadas.
     As infecções também podem ser transmitidas de pessoa para pessoa, sobretudo quando um indivíduo com diarréia não procede à lavagem das mãos de modo adequado e eficaz. Determinadas bactérias produzem toxinas que fazem com que as células da parede intestinal secretem eletrólitos e água.
     Uma dessas toxinas é responsável pela diarréia aquosa, a qual é um sintoma da cólera.
     Uma toxina produzida por uma bactéria comum, a Escherichia coli (E. coli) pode causar a diarréia do viajante e alguns surtos de diarréia em berçários hospitalares.
      Algumas bactérias, como certas estirpes de E. coli, Campylobacter, Shigella e Salmonella (inclusive o tipo que causa a febre tifóide), invadem o revestimento interno do intestino. Esses microrganismos lesam as células subjacentes e causam pequenas ulcerações que sangram e permitem uma considerável perda de um líquido que contém proteínas, eletrólitos e água.
     Além das bactérias, vários vírus causam gastroenterite. Durante o inverno nas zonas temperadas, os rotavírus causam a maioria dos casos de diarréia grave o suficiente para exigir a internação de lactentes e crianças maiores.
     Além do estômago e do intestino, as infecções por enterovírus e adenovírus também podem afetar os pulmões. Determinados parasitas intestinais, particularmente a Giardia lamblia, invadem ou aderem ao revestimento intestinal e causam náusea, vômito, diarréia e uma sensação de mal estar geral.
     A gastroenterite pode ser decorrente da ingestão de substâncias químicas tóxicas encontradas em frutos do mar, plantas (p. Ex., cogumelos e batatas) ou em alimentos contaminados.
     Além disso, a intolerância à lactose - incapacidade de digerir e absorver o açúcar do leite (lactose) - pode causar gastroenterite. Os sintomas, que ocorrem após a ingestão de leite, algumas vezes são erradamente considerados como indicadores de uma alergia ao leite.
    A ingestão acidental de metais pesados (p. Ex., arsênico, chumbo, mercúrio ou cádmio) na água ou num alimento pode desencadear subitamente náuseas, vômitos e diarréias. Muitos medicamentos, incluindo os antibióticos, também causam cólicas abdominais e diarréia.
SINTOMAS


     O tipo e a gravidade dos sintomas dependem do tipo e da quantidade do microrganismo ou da toxina ingerida. Os sintomas também variam de acordo com a resistência do indivíduo à doença. Freqüentemente, os sintomas iniciam-se de forma súbita e, algumas vezes, dramática, com perda do apetite, náusea ou vômito.
    O indivíduo pode apresentar ruídos intestinais audíveis, cólicas abdominais e diarréia com ou sem sangue e muco visíveis. A distensão de alças intestinais pelo acúmulo de gás pode provocar dor.
    O indivíduo pode apresentar febre, mal estar generalizado, dores musculares e uma fadiga extrema. O vômito e a diarréia intensos podem acarretar uma desidratação importante e uma queda grave da pressão arterial (choque).
    Os vômitos e as diarréias excessivas provocam a perda de potássio, com consequente redução da sua concentração no sangue (hipocalemia).
    A concentração baixa de sódio no sangue (hiponatremia) também pode ocorrer, especialmente quando a reposição líquida é realizada com a ingestão de líquidos contendo pouco ou nenhum sal (p. Ex., água e chá). Todos esses desequilíbrios são potencialmente graves.


DIAGNÓSTICO

    O diagnóstico da gastroenterite normalmente é óbvio a partir da sintomatologia. No entanto, a sua causa frequentemente não é evidente. Algumas vezes, outros membros da família ou colegas de trabalho adoeceram recentemente e apresentaram sintomas semelhantes.
    Outras vezes, o indivíduo pode relacionar a doença com a ingestão de alimentos cozinhados de modo inadequado, estragados ou contaminados, como uma maionese que permaneceu durante muito tempo fora de temperaturas de refrigeração.
    Quando os sintomas são graves ou persistem por mais de 48 horas, devem ser realizados exames de fezes, no sentido de se investigar a presença de leucócitos, bactérias, vírus ou parasitas.
    A análise do vômito, dos alimentos ou do sangue também pode ajudar na identificação da causa.

TRATAMENTO

     Normalmente, o único tratamento necessário para a gastroenterite é ingestão de uma quantidade adequada de líquidos. Mesmo o indivíduo que apresenta vômito deve ingerir pequenas quantidades de líquido, pois este corrige a desidratação, o que, por sua vez, ajuda a interromper o vômito.
     Quando o vômito for prolongado ou quando o indivíduo apresentar uma desidratação grave, deve ser realizada a reposição hidroeletrolítica (água e eletrólitos) por via intravenosa.
    Como as crianças desidratam mais rapidamente, elas devem receber líquidos com uma mistura adequada de sais e açúcares. Qualquer solução de reidratação comercial é eficaz.
    Entretanto, os líquidos normalmente utilizados (p. Ex., refrigerantes, chás, isotônicos e sucos de frutas) não são adequados para as crianças com diarreia. Quando o vômito é muito intenso, o médico deve administrar uma injeção ou prescrever um supositório.
    À medida que os sintomas melhoram, o indivíduo pode introduzir lentamente alimentos leves e pouco processados (p. Ex., cereais cozidos, bananas, arroz, compota de maçã e torradas) à sua alimentação.
    Se a dieta modificada não eliminar a diarreia em 12 a 24 horas e se o indivíduo apresentar sangue nas fezes (indicando uma infecção bacteriana mais grave), deverá ser aconselhado por um médico para lhe ser administrado algum medicamento.
    Como os antibióticos podem causar diarreia e estimular o crescimento de microrganismos resistentes a eles, raramente eles são adequados, mesmo quando uma bactéria conhecida é a causadora da gastroenterite.
    No entanto, os antibióticos podem ser usados quando a causa do distúrbio são determinadas bactérias (p. Ex., Campylobacter, Shigella e Vibrio cholerae).









PREVENÇÃO

Ø  L ave suas mãos com sabonete (durante 15 segundos) regularmente, isto permite se preservar de uma contaminação e evitar a transmissão a outras pessoas. É muito recomendado, sobretudo se cuidar de bebês.

Ø   Em caso de gastroenterite na família ou em locais públicos, é aconselhável evitar compartilhar copos.

Ø  Tome cuidado com quem você beija ou abraça, pois a transmissão pode ser feita muito facilmente.

Ø  Evite comer alimentos que ultrapassaram a data de validade a fim de prevenir uma intoxicação alimentar.

Ø  Utilize luvas descartáveis em caso de contaminação de gastroenterite em asilos ou outros locais fechados e muito movimentados.

Ø  Se as roupas estiverem contaminadas por vômitos ou fezes, lave-as a 60°C.

Ø  Desinfete as superfícies (banheiros, pisos,...) contaminadas por vômitos ou fezes.




REFERÊNCIAS



http://idmed.terra.com.br/saude-de-a-z/indice-de-doencas-e-condicoes/gastroenterite-viral-saiba-o-que-e.html

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Célula Vegetal








A célula vegetal

célula vegetal é semelhante à célula animal mas contém algumas peculiaridades como a parede celular e os cloroplastos. Está dividida em: Componentes protoplasmáticos que são um composto de organelas celulares e outras estruturas que sejam ativas no metabolismo celular. Inclui o núcleo, retículo endoplasmático, citoplasma, ribossomos, complexo de Golgi, mitocôndrias, lisossomos e plastos ecomponentes não protoplasmáticos são os resíduos do metabolismo celular ou substâncias de armazenamento. Inclui vacúolos, parede celular e substâncias ergástricas.



Vacúolo
É uma cavidade delimitada por uma membrana (tonoplasto) e contém o suco celular que é composto desubstâncias ergástricas e algumas em células podem conter pigmentos como as flavonas e antocianinas. Células jovens geralmente têm vários vacúolos pequenos que ao longo de seu desenvolvimento se fundem em um mega vacúolo. Eles atuam na regulação osmótica expulsando água da célula ou podem se fundir aos lisossomos e participar do processo de digestão intracelular. Origina-se do complexo de golgi.
Substâncias ergástricas
São substâncias de reserva ou resíduos, produtos, do metabolismo celular.
  • Amido: são partículas sólidas com formas variadas, pode ser encontrado no cloroplasto ou no leucoplasto. Formam grãos com muitas camadas centradas em um ponto chamado hilo.
  • Proteína: as proteínas ergástricas são material de reserva e se apresentam no endosperma de muitas sementes em forma de grãos de aleurona.
  • Lipídios: pode ocorrer em forma de óleo ou gordura se for para armazenamento ou em forma de terpenos que são produtos finais como óleos essenciais e resinas.
  • Taninos: um grupo de compostos fenólicos que podem ficar em vários órgãos vegetais (se acumulam no vacúolos) e podem impregnar a parede celular
Plasto
É originado do protoplastídeo e tem configurações diferentes, com várias especialidades: Cloroplastos,são plastos de clorofila, responsável pela fotossíntese. Só são encontrados em células expostas à luz. É formado por uma membrana externa e uma interna que sofre invaginações formando sacos empilhados, os tilacóides. Alguns se dispõem uns sobre os outros formando uma pilha chamada granum (plural =grana). A matriz interna é chamada de estroma e pode conter granululos de amido espalhados por ele. São derivados dos cromoplastos. Cloroplastos possuem seu próprio DNA e ribossomos, são relativamente independentes do resto da célula (principalmente do núcleo). Cromoplastos São plastos coloridos (contém pigmentos) de estrutura irregular que dão origem aos cloroplastos. Seus principais pigmentos são os carotenóides (coloração da cenoura) e xantofilas que dão coloração para flores e frutos. LeucoplastosSão incolores e servem para acumular substâncias diversas como proteínas, amidos e lipídios. Dependendo da substância que acumulam, recebem nomes diferentes: oleoplastos, proteoplastos, amiloplastos, etc.




Meristema



Meristema

Após a fecundação, a célula ovo ou zigoto sofre diversas divisões até resultar no embrião. Inicialmente todas as células se dividem, porém com o desenvolvimento da planta a função de “se dividir para promover o crescimento” vai ficando restrita à um determinado grupo de células. Quando o vegetal atinge a fase adulta, ele ainda apresenta células embrionárias (capazes de se dividir e se multiplicar para continuar o processo de crescimento). Esses tecidos responsáveis pelo desenvolvimento do vegetal são os meristemas. São compostos de células indiferenciadas que se dividem continuamente, são as células meristemáticas. Existem dois tipos de meristemas, se considerarmos a origem deles:

Meristema Primário

Este meristema tem como função promover o crescimento longitudinal (altura). É este tecido que aparece primeiro na extremidade da radícula e nos cotilédones da semente, denominando-se também meristema apical (quando leva-se em consideração a posição que ocupa no vegetal). A atividade deste meristema leva à formação do tecido primário ou corpo primário da planta.

Meristema Secundário

Este promove um crescimento latitudinal (largura, espessura) a partir do tecido primário (produto do meristema primário). São meristemas secundários: câmbio vascular (centro da raiz ou do caule) e felogênio (periferia da raiz ou do caule). Também conhecidos como meristemas laterais, quando a posição que ocupa no vegetal é levada em conta.
meristema secundario
As células deste meristema se dividem periclinalmente e com isso vão adicionando camadas e mais camadas, aumentando o diâmetro do vegetal. Sempre se sobrepondo aos tecidos já existentes. Resultando no corpo ou tecido secundário. O câmbio aumenta a quantidade de tecidos vasculares e o felogênio originará a epiderme da planta.
As dicotiledôneas anuais de pequeno porte assim como a maioria das monocotiledôneas, iniciam e finalizam seu ciclo vital formando apenas a estrutura primária. Em contrapartida, a maioria das dicotiledôneas e também as gimnospermasapresenta um crescimento secundário.
Bibliografia:
- CUTTER, E.G. 1986. Anatomia Vegetal. Parte I – Células e Tecidos. 2ª ed. Roca. São Paulo.
- APEZZATO-DA-GLÓRIA, B. & CARMELLO-GUERREIRO, S.M. 2003. Anatomia Vegetal. Ed. UFV – Universidade Federal de Viçosa. Viçosa.
- FERRI, M.G., MENEZES, N.L. & MONTENEGRO, W.R. 1981. Glossário Ilustrado de Botânica. Livraria Nobel S/A. São Paulo.

Briófitas


Briófitas
Briófitas (do gergo bryon: 'musgo'; e phyton: 'planta') são plantas pequenas, geralmente com alguns poucos centímetros de altura, que vivem preferencialmente em locais úmidos e sombreados.
O corpo do musgo é formado basicamente de três partes ou estruturas:
  • rizoides - filamentos que fixam a planta no ambiente em que ela vive e absorvem a água e os sais minerais disponíveis nesse ambiente;
  • cauloide - pequena haste de onde partem os filoides;
  • filoides -estruturas clorofiladas e capazes de fazer fotossíntese.


Estrutura das briófitas

Essas estruturas são chamadas de rizoides, cauloides e filoides porque não têm a mesma organização de raízes, caules e folhas dos demais grupos de plantas (a partir das pteridófitas). Faltam-lhes, por exemplo, vasos condutores especializados no transporte de nutrientes, como a água. Na organização das raízes, caules e folhas verdadeiras verifica-se a presença de vasos condutores de nutrientes.
Devido a ausência de vasos condutores de nutrientes, a água absorvida do ambiente e é transportada nessas plantas de célula para célula, ao longo do corpo do vegetal. Esse tipo de transporte é relativamente lento e limita o desenvolvimento de plantas de grande porte. Assim, as briófitas são sempre pequenas, baixas.
Acompanhe o raciocínio: se uma planta terrestre de grande porte não possuísse vasos condutores, a água demoraria muito para chegar até as folhas. Nesse caso, especialmente nos dias quentes - quando as folhas geralmente transpiram muito e perdem grande quantidade de água para o meio ambiente -, elas ficariam desidratadas (secariam) e a planta morreria. Assim, toda a planta alta possui vasos condutores.

Hepática
Mas nem todas as plantas que possuem vasos condutores são altas; o capim, por exemplo, possui vasos condutores e possui pequeno porte. Entretanto, uma coisa é certa: se a planta terrestre não apresenta vasos condutores, ela terá pequeno porte e viverá em ambientes preferencialmente úmidos e sombreados.
Musgos e hepáticas são os principais representantes das briófitas. O nome hepáticas vem do grego hepathos, que significa 'fígado'; essas plantas são assim chamadas porque o corpo delas lembra a forma de um fígado.
Os musgos são plantas eretas; as hepáticas crescem "deitadas" no solo. Algumas briófitas vivem em água doce, mas não se conhece nenhuma espécie marinha.


Reprodução das briófitas
Para explicar como as briófitas se reproduzem, tomaremos como modelo o musgo mimoso. Observe o esquema abaixo.
Os musgos verdes que vemos num solo úmido, por exemplo, são plantas sexuadas que representam a fase chamada gametófito, isto é, a fase produtora de gametas.
Nas briófitas, os gametófitos em geral têm sexos separados. Em certas épocas, os gametófitos produzem uma pequena estrutura, geralmente na região apical - onde terminam os filoides. Ali os gametas são produzidos. Os gametófitos masculinos produzem gametas móveis, com flagelos: os anterozoides. Já os gametófitos femininos produzem gametas imóveis, chamados oosferas. Uma vez produzidos na planta masculina, os anterozoides podem ser levados até uma planta feminina com pingos de água da chuva que caem e respingam.

Na planta feminina, os anterozoides nadam em direção à oosfera; da união entre um anterozoide e uma oosfera surge o zigoto, que se desenvolve e forma um embrião sobre a planta feminina. Em seguida, o embrião se desenvolve e origina uma fase assexuada chamada esporófito, isto é, a fase produtora de esporos.

No esporófito possui uma haste e uma cápsula. No interior da cápsula formam-se os esporos. Quando maduros, os esporos são liberados e podem germinar no solo úmido. Cada esporo, então, pode se desenvolver e originar um novo musgo verde - a fase sexuada chamada gametófito.
Como você pode perceber, as briófitas dependem da água para a reprodução, pois os anterozoides precisam dela para se deslocar e alcançar a oosfera.
O musgo verde, clorofilado, constitui, como vimos, a fase denominada gametófito, considerada duradoura porque o musgo se mantém vivo após a produção de gametas. Já a fase denominada esporófito não tem clorofila; ela é nutrida pela planta feminina sobre a qual cresce. O esporófito é considerado uma fase passageira porque morre logo após produzir esporos.
 Fonte :http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos4/briofitas.php