GASTROENTERITE
- INTRODUÇÃO.
- CAUSAS.
- SINTOMAS.
- TRATAMENTO.
- PREVENÇÃO.
- REFERÊNCIAS.
INTRODUÇÃO
Gastroenterite
significa inflamação do estômago e do intestino. Gastroenterite mais frequente é a causada
por toxinas bacterianas que contaminam os alimentos (Intoxicação alimentar).
As toxinas produzidas
pelas bactérias actuam no estômago e parte próximal do intestino. O mau
acondicionamento, incluindo a má refrigeração dos alimentos, são consideradas
as causas mais frequentes de epidemias em grandes eventos como é o caso de
casamentos, batizados, creches, etc.
A gastroenterite
está associada a um grupo de distúrbios cujas causas são as infecções e cujos
sintomas são vários dos quais são exemplo: perda de apetite, náuseas, vômitos,
diarreia leve a intensa, cólicas e o desconforto abdominal. Juntamente com a
água, ocorre a perda de eletrólitos (sobretudo de sódio e potássio) do
organismo.
Para o adulto saudável,
o desequilíbrio eletrolítico é apenas inconveniente. No entanto, ele pode
causar uma desidratação potencialmente letal em indivíduos muito doentes, muito
jovens ou idosos.
CAUSAS
As
epidemias de diarréia em lactentes, crianças e adultos geralmente são causadas
por microrganismos presentes na água ou em alimentos contaminados por fezes
infectadas.
As infecções também podem ser transmitidas
de pessoa para pessoa, sobretudo quando um indivíduo com diarréia não procede à
lavagem das mãos de modo adequado e eficaz. Determinadas bactérias produzem
toxinas que fazem com que as células da parede intestinal secretem eletrólitos
e água.
Uma dessas toxinas é responsável pela diarréia
aquosa, a qual é um sintoma da cólera.
Uma toxina produzida por uma bactéria
comum, a Escherichia coli
(E. coli) pode
causar a diarréia do viajante e alguns surtos de diarréia em berçários
hospitalares.
Algumas bactérias, como certas estirpes
de E. coli, Campylobacter, Shigella e Salmonella (inclusive o
tipo que causa a febre tifóide), invadem o revestimento interno do intestino.
Esses microrganismos lesam as células subjacentes e causam pequenas ulcerações
que sangram e permitem uma considerável perda de um líquido que contém
proteínas, eletrólitos e água.
Além das bactérias, vários vírus causam
gastroenterite. Durante o inverno nas zonas temperadas, os rotavírus causam a
maioria dos casos de diarréia grave o suficiente para exigir a internação de
lactentes e crianças maiores.
Além
do estômago e do intestino, as infecções por enterovírus e adenovírus também
podem afetar os pulmões. Determinados parasitas intestinais, particularmente a
Giardia lamblia, invadem ou aderem ao revestimento intestinal e causam náusea,
vômito, diarréia e uma sensação de mal estar geral.
A gastroenterite pode ser decorrente da
ingestão de substâncias químicas tóxicas encontradas em frutos do mar, plantas
(p. Ex., cogumelos e batatas) ou em alimentos contaminados.
Além disso, a intolerância à lactose -
incapacidade de digerir e absorver o açúcar do leite (lactose) - pode causar
gastroenterite. Os sintomas, que ocorrem após a ingestão de leite, algumas
vezes são erradamente considerados como indicadores de uma alergia ao leite.
A ingestão acidental de metais pesados (p.
Ex., arsênico, chumbo, mercúrio ou cádmio) na água ou num alimento pode
desencadear subitamente náuseas, vômitos e diarréias. Muitos medicamentos,
incluindo os antibióticos, também causam cólicas abdominais e diarréia.
SINTOMAS
O tipo e a gravidade dos sintomas dependem
do tipo e da quantidade do microrganismo ou da toxina ingerida. Os sintomas
também variam de acordo com a resistência do indivíduo à doença.
Freqüentemente, os sintomas iniciam-se de forma súbita e, algumas vezes,
dramática, com perda do apetite, náusea ou vômito.
O indivíduo pode apresentar ruídos
intestinais audíveis, cólicas abdominais e diarréia com ou sem sangue e muco
visíveis. A distensão de alças intestinais pelo acúmulo de gás pode provocar
dor.
O indivíduo pode apresentar febre, mal
estar generalizado, dores musculares e uma fadiga extrema. O vômito e a
diarréia intensos podem acarretar uma desidratação importante e uma queda grave
da pressão arterial (choque).
Os vômitos e as diarréias excessivas
provocam a perda de potássio, com consequente redução da sua concentração no
sangue (hipocalemia).
A concentração baixa de sódio no sangue
(hiponatremia) também pode ocorrer, especialmente quando a reposição líquida é
realizada com a ingestão de líquidos contendo pouco ou nenhum sal (p. Ex., água
e chá). Todos esses desequilíbrios são potencialmente graves.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da gastroenterite normalmente
é óbvio a partir da sintomatologia. No entanto, a sua causa frequentemente não
é evidente. Algumas vezes, outros membros da família ou colegas de trabalho
adoeceram recentemente e apresentaram sintomas semelhantes.
Outras vezes, o indivíduo pode relacionar a
doença com a ingestão de alimentos cozinhados de modo inadequado, estragados ou
contaminados, como uma maionese que permaneceu durante muito tempo fora de
temperaturas de refrigeração.
Quando os sintomas são graves ou persistem
por mais de 48 horas, devem ser realizados exames de fezes, no sentido de se
investigar a presença de leucócitos, bactérias, vírus ou parasitas.
A análise do vômito, dos alimentos ou do
sangue também pode ajudar na identificação da causa.
TRATAMENTO
Normalmente, o único tratamento necessário
para a gastroenterite é ingestão de uma quantidade adequada de líquidos. Mesmo
o indivíduo que apresenta vômito deve ingerir pequenas quantidades de líquido,
pois este corrige a desidratação, o que, por sua vez, ajuda a interromper o
vômito.
Quando o vômito for prolongado ou quando o
indivíduo apresentar uma desidratação grave, deve ser realizada a reposição
hidroeletrolítica (água e eletrólitos) por via intravenosa.
Como as crianças desidratam mais
rapidamente, elas devem receber líquidos com uma mistura adequada de sais e
açúcares. Qualquer solução de reidratação comercial é eficaz.
Entretanto, os líquidos normalmente
utilizados (p. Ex., refrigerantes, chás, isotônicos e sucos de frutas) não são
adequados para as crianças com diarreia. Quando o vômito é muito intenso, o
médico deve administrar uma injeção ou prescrever um supositório.
À medida que os sintomas melhoram, o
indivíduo pode introduzir lentamente alimentos leves e pouco processados (p.
Ex., cereais cozidos, bananas, arroz, compota de maçã e torradas) à sua
alimentação.
Se a dieta modificada não eliminar a
diarreia em 12 a 24 horas e se o indivíduo apresentar sangue nas fezes
(indicando uma infecção bacteriana mais grave), deverá ser aconselhado por um
médico para lhe ser administrado algum medicamento.
Como os antibióticos podem causar diarreia
e estimular o crescimento de microrganismos resistentes a eles, raramente eles
são adequados, mesmo quando uma bactéria conhecida é a causadora da
gastroenterite.
No entanto, os antibióticos podem ser
usados quando a causa do distúrbio são determinadas bactérias (p. Ex., Campylobacter, Shigella e Vibrio cholerae).
PREVENÇÃO
Ø L ave suas mãos com sabonete (durante 15 segundos) regularmente,
isto permite se preservar de uma contaminação e evitar a transmissão a outras
pessoas. É muito recomendado, sobretudo se cuidar de bebês.
Ø Em caso de gastroenterite na família ou em locais públicos, é
aconselhável evitar compartilhar copos.
Ø Tome cuidado com quem você beija ou abraça, pois a transmissão
pode ser feita muito facilmente.
Ø Evite comer alimentos que ultrapassaram a data de validade a fim
de prevenir uma intoxicação alimentar.
Ø Utilize luvas descartáveis em caso de contaminação de
gastroenterite em asilos ou outros locais fechados e muito movimentados.
Ø Se as roupas estiverem contaminadas por vômitos ou fezes, lave-as
a 60°C.
Ø Desinfete as superfícies (banheiros, pisos,...) contaminadas por
vômitos ou fezes.
REFERÊNCIAS
http://idmed.terra.com.br/saude-de-a-z/indice-de-doencas-e-condicoes/gastroenterite-viral-saiba-o-que-e.html